domingo, 20 de setembro de 2015

Isso pode náo ser interessante. E isto não é o titulo.

"Nao leia. Este texto nao vai agregar nada pra voce. Eu apenas quis escreve-lo. E escrevi. Não porque tenho muito a contar, não tenho. Não porque tenho muito o que expressar, não tenho. O que me expressa ja foi. Parei com isso.
Este texto não tem fundamento, não tem meio, não tem um climax. Não é uma redação, narração, carta ou nada disso. É só um texto jogado. Jogadão, bem assim como ele é. Vou faze-lo bem grande para que poucas pessoas se interessem realmente em ler. Afinal, não é pra ler. Por que, então, o estou escrevendo? Simples e como ja dito antes: porque quero.
Esse texto terá muitos erros de portugues. Herrar é o mano. E esse mano não gosta de acentos. Assentos sim. É um mano cansado. Esse mano ele é inconstante, entao as vezes ele vai sim usar acentos. Assentos não: o mano precisa se mexer de vez em quando. O mano é meu, ele herra se eu quiser. E seu eu quiser nem erro ele é. É certao, sem acento mesmo. Sem assento tambem,
Palavras jogadas definem bem esse texto. Palavras jogadas e repetidas. Alias, esse texto nao tem titulo. Porque isso seria um erro. Um erro meu. Ou pra mim. Erro errado, não o mano Herro.
O mano Herro muda de nome com constancia, mas eu nao quero que ele seja o foco do texto, porque esse texto é meu, não do mano. Entao chega do mano por aqui. Já errei o bastante.
...Não. nunca erro o suficiente.
Chega de mim tambem, esse texto não fala sobre mim. Esse texto não fala sobre nada. Quer dizer, fala sobre alguma coisa. Não sei bem o que. Não ligo, so queria escreve-lo. E assim o fiz.
Imagino quantas palavras o facebook aguenta num status... Nunca vou descobrir porque esse texto mesmo já ta me cansando. Nossa e como! Mas vou o mais longe que eu puder. Logicamente.
Se eu nao puder, não vou. Acho que eu perdi o foco. Mas tudo bem, afinal, este texto nao tem foco. Esse texto, que eu nao sei se é este, esse ou aquele, não tem foco, nao tem titulo, nao tem acento, assento tem, não tem meio, não tem muita coisa. Mas nele sinto que tem o suficiente pra ele. Ele afinal, nao precisa de muito, só dos meus dedos e da minha paciencia. Nem da minha mente, nem dos meus assentos. Acentos. Nada disso. Ou disto. Ou aquilo.
Esse meu texto vai ficar pra minha historia, porque, pela primeira vez, eu vou escrever e não vou repensar em postar. Não vou ligar pras consequencias. Não apagarei linha alguma, apenas alguns erros. Herros do mano Herrar. Este mano que tem muitos nomes, mas que não é o foco do texto, porque o texto nao tem foco, nem muita coisa, mas tem o suficiente pra ele mesmo, e tem - e realmente tem - muitas palavras repetidas.
Falta-lhe sentido, mas jamais faltar-lhe-á algumas regrinhas de portugues - afinal, ISTO É UM TEXTO. Faltam-lhe acentos, muitos. Mas sempre faltam. Mas chega de falar o que lhe falta. Vamos ao que lhe tem.
Nesse texto... tem a falta de muita coisa. Mas tem muita coisa nele tambem. Tem pensamentos. Tem historia. Tem o mano, que não é o foco. Tem o que não tem. Tem paradoxos - sempre tem. Deve ter a opinião de quem resolveu ler tambem. Ah sim... nesse texto que falta muito, que dura pouco e lhe falta sentido...

... tem eu."

- BRAZ, Anna Paula Jesus. 2015

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Eu odeio minha vida

"Eu odeio minha vida". Esse é o primeiro pensamento que eu tenho ao sair da cama. Eu digo ao sair da cama e não ao acordar porque eu acordo e demoro horas pra sair da cama. De qualquer forma, esse pensamento é falso. Geralmente eu o tenho quando acordo antes do necessário. Nesses casos, minha manhã raramente ´´e produtiva e minha madrugada certamente não foi agradável.

De manhã é sempre silencioso e eu estou sozinha. Nunca sozinha. Sempre sozinha. Nunca sozinha. Eu não sei. "A solidão é triste e assusta." acho que esse é o pensamento geral, mas hoje eu aqui sozinha penso quão reconfortante pode ser estar sozinha, mas talvez só de manhã. 

Nessa manhã-madrugada estou sozinha, mas ironicamente me sinto bem. Mas apenas por estar sozinha, porque, como eu havia dito, hoje é um daqueles dias onde eu odeio minha vida: a manhã não será produtiva e, pode ter certeza, a madrugada não foi agradável.

Nessa manhã-madrugada o silêncio não ensurdece, não castiga. O silêncio acalma. 
Estranho.

Está escuro... não totalmente, afinal tem muitas luzes acesas, mas está escurecido. Acho que combina com meus pensamentos. Sobre eles... não quero falar deles. De manhã-madrugada eu não penso em nada, mas posso escrever um livro com tudo que penso. São aquelas vozes que não se calam. Elas também não me deixam dormir. E quem culpar além de mim mesma? Afinal, sou eu essas vozes. E elas não pronunciam palavras, mas como são altas. E me gritam. As vezes as entendo, traduzo. As  vezes as ignoro, então elas gritam mais.

Minha silenciosa manhã-madrugada é muito barulhenta. E calada. Agora, apenas os pássaros. Já está clareando. Minhas vozes estão sumindo e quem toma seus lugares são as palavras. Não todas. Mas aos poucos. Isso significa que minha manhã-madrugada está chegando ao fim. O café esfriando, o silêncio acabando, o escuro ascendendo. E eu ainda odeio minha vida. Que mentira.

- Anna Paula de Jesus Braz

Texto produzido dia 21/05/2015 as 06:55.